FORMAÇÃO DE PROFESSORES, COORDENADORES E DIRETORES
QUE ATUAM NA DE EDUCAÇÃO INFANTIL.
Educadoras constroem proposta de acolhimento |
A primeira Intervisão de Educação Infantil
de 2014 teve como tema: Adaptação de Crianças, Educadores e Famílias na
Educação Infantil formação esta que girou em torno dos objetivos: intensificar
as ações voltadas para o cuidar e o educar com respeito e afeto ás crianças, desde
o seu primeiro contato nesse segmento e ao mesmo tempo buscar garantir a
continuidade dessa ação após o período de acolhimento inicial; colocar em
discussão a importância do estabelecimento de uma relação de confiança
recíproca e construção de vínculo afetivo entre professores, equipe pedagógica,
crianças e famílias; construir estratégias no grupo para receber as crianças e
seus familiares e responsáveis com atenção, afeto e cuidado; acolher com
atividades planejadas priorizando o lúdico e os momentos de interação; buscar
alternativas para amenizar a ansiedade e a dor da separação da criança com a
mãe ou responsável.
Educadoras constroem proposta de acolhimento
Para este
momento, utilizamos textos, vídeos, atividades literárias para provocar no
grupo a necessidade de melhor planejar a acolhida do público que atendemos na
educação infantil nessa abertura de ano letivo. No momento literário,
utilizamos texto de Rubem Alves e contação de história com a caixa literária,
sendo que esta última atividade foi conduzida de forma fantástica por uma
educadora da escola.
Na
construção das estratégias para realização da acolhida nas duas escolas de
educação infantil o grupo sugeriu atividades ricas e diversas que iam desde a
decoração do ambiente com balões coloridos; distribuição de sacos surpresas com
guloseimas e brinquedos; equipe fantasiada de bonecas, inclusive na escola
Branca de Neve haverá uma professora caracterizada dessa personagem do conto de
fada para acolher os alunos e comunidade;
contação de história com as caixas literárias construídas nas
intervisões do ano anterior; levar objeto de distração para a sala, sugerindo a
massa de modelar como um recurso fantástico para utilizar com os pequenos;
realizar o banho de mangueira na semana de acolhimento; organizar um
piquenique;teatro de fantoche. Os pontos que foram recorrentes na fala das
educadoras quando se discutia esta estratégia foram: ser amoroso e atencioso com
o aluno e com a família, criar um ambiente favorável para o pai participar
desse momento tão significativo na vida das crianças, afinal como diz Cisele
Ortiz “a educação infantil inaugura a educação da pessoa...”. Houve outras
orientações gerais voltadas para acolher bem o pai e responsável, pois este
momento também é doloroso para este grupo; ter um olhar atento e cuidadoso dos
auxiliares de serviço gerais que vão desde o agente de portaria até as
serventes da instituição, envolvimento das auxiliares de secretaria, enfim
empenho e dedicação de toda a equipe da escola, sendo colocado também da
necessidade de todos estarem no local de trabalho bem mais cedo que o horário
habitual para melhor orgnizar espaço e passar confiança aos pais e
responsáveis, sugeriu-se também que as educadoras que tem apenas cem horas
comparecessem a escola no turno inverso ao que trabalha para dar um suporte a
equipe, não precisando necessariamente ficar o turno inteiro.
Atividade de integração da equipe |
O
grupo considerou que a formação foi de fundamental importância, pois contribuiu
muito na melhor organização do ano letivo nas instituições que ofertam a
educação infantil no município, pois entendemos que o período de
acolhimento é um cuidado inerente ao projeto educativo da instituição e um
indicador de qualidade do serviço prestado pela instituição, como fala o texto
de Cisele Ortiz. Que traz os seguintes questionamentos: Diretores,
coordenadores pedagógicos e educadores sua escola tem um projeto cuidadosamente
elaborado para melhor acolher as crianças no início do ano letivo? Como o
período de acolhimento e adaptação acontece na sua escola? Qual a importância
em amenizar a ansiedade das crianças e famílias nos primeiros dias de
convivência? Nessa discussão faz a seguinte abordagem sobre adaptação e
acolhimento:
A adaptação pode ser entendida como o
esforço que a criança realiza para ficar, e bem, no espaço coletivo, povoado de
pessoas grandes e pequenas desconhecidas diferentes daqueles do espaço
doméstico a que ela está acostumada. Há de fato um grande esforço por parte da
criança que chega e que está conhecendo o ambiente da instituição, mas ao
contrário do que o termo sugere não depende exclusivamente dela adaptar-se ou
não à nova situação. “Depende também da forma como é acolhida.” ( Cisele
Ortiz.)1
Diante do exposto é que se faz
necessário pensarmos e planejarmos todas as etapas do acolhimento que
pretendemos proporcionar ao público desse segmento, contribuindo para
diminuirmos a dor, a insegurança, o desconforto e até mesmo a rejeição que a
criança sente na sua estréia a escola. Para tanto, precisamos receber bem as
crianças, acolhê-las, compreender suas manifestações de choro e até ausência
dele, pois esta é a dimensão sócio-educativa e estética do nosso trabalho.
Roda de troca e interação |
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