quinta-feira, 18 de abril de 2013

Sarau Literário da Escola Nair Braz Lima

SARAU LITERÁRIO DA ESCOLA NAIR BRAZ LIMA

Em clima de muita arte, literatura, teatro e poesia a Escola Nair Braz Lima realizou na manhã do dia 18 de abril o Sarau Literário envolvendo toda a comunidade escolar. Foi uma data muito propícia, tendo em vista que é o Dia Nacional do Livro e marca também a data de nascimento de Monteiro Lobato, um dos homenageados do sarau, havia muitas produções literárias a partir da obra desse renomado autor.


Dentre as apresentações literárias, a Escola socializou: Teatro de fantoche com poema produzido pelos alunos; jogral com texto de Machado de Assis; encenação teatral que discutia a influência da cultura digital no mundo letrado; lançamento de livros de autoria dos alunos que assumiram toda a escrita e ilustração; roda de leitura com os poetas e compositores locais que presentearam o público com leitura de suas obras; painel com textos de Vinícius de Morais, Monteiro Lobato; apresentação em LIBRAS com os alunos com deficiência auditiva, dentre outras apresentações.



Carrinho Literário: Exposição das obras literárias dos alunos


Teatro de fantoche




Encenação teatral sobre a cultura digital


quinta-feira, 4 de abril de 2013

RELATÓRIO DA I FORMAÇÃO COM SERVENTES, MERENDEIRAS E AUXILIARES DE SERVIÇO GERAL DA REDE MUNICIPAL DE NOVA IPIXUNA



Realizamos no dia 15 de março do corrente ano das 8 às 12 e das 14 às 18 horas a I formação continuada com as serventes, merendeiras e auxiliares de serviço geral das escolas municipais, para discutir a seguinte temática: “Ressignificando as práticas no ambiente escolar”, tendo como objetivos: considerar a dimensão educativa da ação desse grupo na escola, onde tudo deve convergir para o bom atendimento aos alunos e para o alcance de suas aprendizagens; colocar em discussão a importância do cumprimento efetivo das atribuições de cada agente educativo na escola para que de fato possamos ressignificar as práticas no ambiente escolar; estudar a resolução 11.947/2009 que dispõe sobre a merenda escolar servida nos municípios e visualizar através de relatos do grupo as experiências de mudança acerca da rotina de trabalho da equipe para fazer paralelo com outras experiências que ainda estão em processo de mudança e construção na rede municipal de ensino.

Iniciamos o encontro com uma acolhida calorosa envolvendo um café da manhã que foi preparado em homenagem ao grupo, depois, realizamos uma atividade intitulada: “Dinâmica da cooperação” com o uso de chocolate, na dinâmica o grupo foi dividido em duplas, cada dupla teria de encontrar uma forma de desembrulhar o chocolate e comer “sem utilizar suas mãos, o grupo tentou e só depois alguns descobriram a charada, podia usar as mãos do colega do lado, pois este era o sentido da cooperação e da solidariedade.
 





Após este momento, apresentamos as formadoras ( Janaina Batista que é diretora do departamento da alimentação escolar; Nilza Helena - coordenadora de ensino; Patrícia Montagna - psicóloga e Rosemary Araújo que é a nutricionista). Após este momento, socializamos o roteiro de trabalho, dando ênfase nos objetivos do encontro e estabelecemos os combinados para que pudéssemos ter um dia de estudo bem proveitoso e onde fosse respeitada e valorizada a participação de todos.
A primeira atividade de estudo realizado foi a exploração de um gráfico intitulado Cebola do CEDAC, seguida da leitura compartilhada de alguns recortes do texto: Sentido das práticas educativas de Tereza Perez e Otávio Costa, do Caderno 3 do Cotidiano do Gestor Escolar. O gráfico traz o aluno como centro do processo educativo e no texto foram abordados os seguintes aspectos: o papel de cada agente educativo inclusive do aluno, pais e responsáveis na aprendizagem; o papel das auxiliares de serviço geral, servente e merendeira que vai além de preparar, servir e manter limpa a escola, este grupo é responsável também por zelar pela aprendizagem dos alunos, de ensinar valores, cidadania...da necessidade da escola desenvolver um trabalho em equipe, de valorizar os diferentes agentes educativos que dela fazem parte, etc. O grupo colocou que realmente o aluno é o centro do fazer educativo na escola, mas que devido a sobrecarga de trabalho fica difícil as vezes trabalhar na dimensão do educar, mas quando é possível são dadas orientações sobre a necessidade de manter a escola limpa, de usar os banheiros de forma correta, de não agredir os colegas, mas que ainda falta avançar nesse fazer. 



Após este momento, houve os relatos de experiência de algumas representantes do grupo, esta atividade foi realizada com antecedência nas escolas, onde a nutricionista e a diretora da alimentação escolar gravaram os relatos das serventes e merendeiras e construíram slides para facilitar o acompanhamento e compreensão do grupo, foram compartilhados seis relatos de experiência a partir da seguinte consigna: O que é ser servente no ambiente escolar? Após os relatos, abrimos espaço para discussão no grupo acerca das questões: Como tem sido minha prática na escola? O que é ser servente?  e como avalio esse papel? Muitas colocaram que ser servente é servir, é receber bem os alunos, é cumprir com o papel de colaborar na educação dos mesmos...outras colocaram as angústias e preconceitos relacionadas ao tratamento que este grupo recebe por parte de algumas pessoas nas escolas, que muitas vezes desmerecem o papel desempenhado por elas, as desautorizam na presença dos alunos, outros, não sabem pedir, muitas vezes exigem/ mandam; de que não são comunicadas das atividades que ocorrem na escola.
No decorrer da manhã, realizamos também alguns sorteios de brindes, a partir de um número que estava num papel embaixo do chocolate que todas receberam na entrada.
Para encerrar o trabalho da manhã, foi proposta uma atividade em grupo que consistia em separar as boas práticas das práticas que não devemos adotar no ambiente escolar, foram preparadas várias placas com situações que ocorrem em algumas escolas, tanto com atitudes positivas e negativas, misturaram-se todas elas e solicitamos ao grupo que separasse, colando as situações nos seus devidos lugares num cartaz.



 Esta atividade foi coordenada pela nutricionista Rosemary. Após a separação das práticas, a nutricionista fez as intervenções, comentando todas as situações e perguntando o porquê do grupo ter avaliado como uma boa prática e como postura que não se deve adotar.



Reiniciamos as atividades no turno da tarde com uma dinâmica envolvendo a música “vem dançar” onde todas participaram, se soltaram, foram para a frente se apresentar.

 Após esta atividade de descontração e entrosamento no grupo, foram socializados os slides sobre a resolução 11.947/2009 que dispõe sobre o atendimento a alimentação escolar no país e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica, foi abordado o valor aluno que o governo federal repassa para aquisição da merenda escolar e a contrapartida do governo municipal. No debate foi ressaltada também a questão da inserção de alimentos da agricultura familiar na merenda escolar e a readaptação do cardápio com esses novos elementos. A discussão foi mais demorada quando foi apresentada a per capita da merenda escolar, onde algumas questionaram que a quantidade estabelecida não é suficiente, que muitos alunos ficam prejudicados, principalmente os últimos da fila. Foram feitas algumas vivências sobre a utilização da per capita, usando o exemplo de várias escolas, muitas serventes não sabem como calcular a quantidade de alimento pela quantidade de aluno, mas todas puderam participar da atividade a fim de superarem este problema. Na discussão sobre o cardápio foi também acirrada, pois algumas sugerem que tirem da lista alguns alimentos, como o biscoito em rosquinha que não é rentável e sugeriu-se também que retirassem algumas opções de polpa de fruta, como o cupu, o murici e o açaí, a equipe que trabalha nas creches alegaram que o açaí é o preferido das crianças. Ficou acordado que a escola deverá avaliar o gosto dos alunos e negociar direto com o fornecedor que é do próprio município, repassando para ele que tipo de polpa prefere continuar recebendo; foi solicitado também que diminuísse a quantidade de feijão e aumentasse a quantidade de arroz; que o arroz com abóbora não é muito aceitável, algumas socializaram a prática de colocar a abóbora na sopa que é muito apreciada pelos alunos em muitas escolas. Todas as reivindicações foram registradas para análise e possível tomada de decisão.
Realizamos o levantamento dos materiais e outras demandas que o grupo precisa na escola para melhor desempenhar suas funções, todas as serventes e merendeiras reuniram por escola para elaborar suas listas, deixamos claro que o grupo deveria listar as necessidades emergenciais e que não garantiríamos o seu cumprimento imediato, mas que encaminharíamos o documento ao secretário de educação com as solicitações para possíveis resoluções.
Realizamos a avaliação utilizando os critérios que bom, que pena e que tal. Como bom e positivo na formação o grupo considerou: “A preocupação da equipe em nos acolher bem; Paciência para explicar; O café da manhã e o lanche da tarde; a presença da Patrícia - psicóloga que nos explicou tudo muito bem e por sua animação; O conhecimento e a aprendizagem adquiridos; A participação do grupo; A preocupação com as necessidades das escolas; A troca de experiência e o companheirismo; A presença da Nilza Helena no encontro contribuindo com seu conhecimento e por sua postura de humildade; Os elogios feito ao grupo; Os depoimentos no relato de experiência; As críticas construtivas; Reencontrar colegas; Conhecer pessoas novas; O esclarecimento de dúvidas; O reconhecimento as serventes; A postura do grupo de serventes, merendeiras e auxiliares durante toda a formação; A preocupação da equipe em continuar oferecendo a formação ao longo do ano; A harmonia da equipe formadora ."  No quesito “que pena” o grupo ressaltou: “Que pena que o encontro acabou; Que pena a equipe inteira das escolas não  terem participarticipado da I Intervisão no dia em que discutiu legislação; Que pena outros colegas de profissão não terem vindo; Que pena que a formação não ocorreu antes; Que pena que alguns profissionais da própria escola não nos valorizam; Que pena foi apenas 8 horas de formação.” No critério “que tal” tivemos algumas sugestões: “Que tal o prefeito e a advogada  vir  para a formação; Que tal cada participante buscar mudar sua postura na escola a partir de segunda-feira; Que tal sermos mais unidas; Que tal todos na Escola cumprirem com o seu dever; Que tal incluir vigias e a diretora na formação para ouvir as reivindicações; Que tal envolver os vendedores de lanche das escolas na formação; Que tal  continuar com as dinâmicas para animar nossa formação; Que tal na próxima formação trazer um tema para tentar resolver os problemas que surgem no portão das escolas; Que tal oficinas com outras temáticas (artesanato, dança, música, etc); Que tal mais brindes para sorteio.”
Para encerrar nosso dia de estudo, a Patrícia realizou a atividade de socialização na roda, onde foi resgatado as vivencias durante o dia de formação para ressignificar as práticas no ambiente escolar por meio de uma conversa dirigida em roda. Em seguida cada participante foi instigada a dizer em uma palavra do que iria levar daquele encontro, à medida que a pessoa ia dizendo a palavra, o grupo inteiro girava e dizia em coro: nós te apoiamos. Várias foram as palavras ditas, podemos citar algumas: valorização, respeito, dignidade, conhecimento, experiência, busca, motivação... Abrimos espaço para as duas senhoras/serventes que cuidaram do grupo o dia inteiro se apresentarem, uma colocou que realmente as escolas precisam valorizar o grupo, que devemos estudar, fazer as coisas com prazer, buscar ser feliz naquilo que escolhemos fazer como profissão. Encerramos o encontro às 18 horas e 15 minutos, agradecendo a presença das participantes, o empenho em participar e contribuir com suas aprendizagens e experiências. O grupo inteiro trocou abraços na despedida cantando.












Ao final o grupo recebeu um mimo feito pelas formadoras na noite anterior, gelatina alternativa de abacaxi  onde todos apreciaram a refrescância e lembraram que o dia iniciou  e terminou doce.